quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nirvana é mais que Smells Like Teen Spirit

Você com certeza já ouviu falar de Nirvana. Com a mesma certeza digo que você já escutou Smells like teen spirit e come as you are. Talvez você não conheça os nomes, mas você já escutou várias músicas daquele CD com o bebezinho na água.

O básico todo mundo já sabe. Uma banda de garotos de Seattle numa parte esquecida do Estado de Washington. O conjunto explodiu no mundo inteiro com o single Smells like teen spirit e depois com o álbum Nevermind em 1991, que também possui músicas como: Come as you are, Lithium e In Bloom. Kurt Cobain, Dave Grohl (sim, o vocalista do Foo fighters) e Krist Novoselic se tornaram conhecidos pelo mundo inteiro e a banda encontrou seu fim após o trágico suicídio do cantor e, expoente da banda Kurt Cobain aos vinte sete anos. (para saber mais sobre mortes aos 27 anos veja isso) Essa é a história que todo mundo sabe. Mas você realmente conhece Nirvana? Alguma vez procurou ouvir um pouco mais do que a banda fez além dos seus grandes sucessos?
Se não, vou oferecer a oportunidade de ouvir algumas coisas novas do Nirvana que podem fazer você mudar um pouco a concepção da banda. A banda possui três álbuns de estúdio, um acústico e algumas coletâneas de turnês. Comparado com muitas outras bandas, como Pearl Jam que já conta com dez álbuns de estúdio, isso é muito pouco. Mas ainda assim, o Nirvana deixou muita coisa interessante para nós! Sendo assim vou dar uma opção de cada álbum para vocês conhecerem um pouco mais dessa banda que mudou o cenário do Rock dos anos 90.


Bleach – Love Buzz
Nevermind – Stay Away
In Utero – Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seatlle
Acústico MTV -  Where Did You Sleep Last Night


Algumas dessas músicas são bem diferentes umas das outras, e acho que servem como exemplos que Dave Grhol e companhia sabiam tocar muito bem. Além disso, essa coletânea serve para mostrar que Kurt Cobain não era só mais um rostinho bonitinho gritando. Ele sabia o que estava fazendo, e poucas pessoas conseguiram ter uma voz tão marcante na história do rock como ele. Para reforçar esse ponto tenho mais uma indicação.

Desde que virei fã de Nirvana eu pensava que para o sucesso da banda, a morte prematura de Kurt Cobain tivesse sido algo indiscutivelmente bom. Veja bem, não estou falando que foi bom ele morrer, somente que sua morte serviu para consolidar a entrada da banda na história do rock. Pensava eu, que Kurt já tinha mostrado quase tudo a que tinha vindo e que se continuasse vivo, seu histórico de depressão e uso de drogas poderia acabar com a banda. Alguns álbuns ruins se sucederiam ao acústico e logo Nirvana cairia no esquecimento e provavelmente Pearl Jam teria o posto de maior banda do movimento Grunge hoje em dia. Entretanto me peguei ouvindo aquelas gravações do Kurt Cobain do documentário Montage of Heck e nela tive a oportunidade de me provar errado. O próximo álbum do Nirvana provavelmente teria uma pegada semelhante a do acústico, o que seria sensacional. E escutando diversas músicas que Kurt estava fazendo para o próximo álbum percebi que na verdade Kurt ainda estava evoluindo. Ele era, afinal de contas, muito novo ainda e com certeza ainda tinha muito a nos mostrar. Um ótimo exemplo é a música Letters to Frances, que ele estava compondo para a filha dele, Frances.  

A letra nunca chegou a ficar pronta, mas a melodia está disponível para nós agora, e foi o suficiente para ver que seria uma música linda. Mas a minha indicação não irá para uma música original e sim um cover que ele gravou um dia em casa. Só ele e o violão. Poucas vezes vi um artista colocar tanto sentimento em uma música como nessa versão. A música é And I love Her, dos Beatles. Kurt conseguiu colocar sua cara na música e fez uma versão maravilhosa da música. Da primeira vez que ouvi já sabia que preferia a versão dele do que a dos Beatles (e eu gosto muito de Beatles). Escutem e aproveitem. Nirvana é maior do que os haters dizem.