quarta-feira, 8 de julho de 2015

Game Review: Batman Arkham Knight

" It  started with a meeting… Everyone was there... Scarecrow said that he has a plan... That together we could take you out. And Gotham would be ours."  


E com essa introdução começa mais um game review para vocês! O tema dessa semana é claro: BATMAN ARKHAM KNIGHT. O último jogo de uma série de jogos que provavelmente é a mais importante com a temática de heróis. Esse é o quarto jogo da série e o terceiro produzido pela Rocksteady Studios. Diferente de Batman Arkham Origins que se passa no passado, Batman Arkham Knight se passa alguns meses após o fim de Batman Arkham City. Dessa vez as maiores ameaças de Gotham são o Espantalho e o novo vilão Arkham Knight (cavaleiro de Arkham na versão brasileira).
Dessa vez o jogo se passa em Gotham e não em uma prisão como em jogos anteriores, e com um mapa cinco vezes maior do que o de Arkham City. Para que você possa percorrer esse mapa rapidamente foi introduzida o que é provavelmente a maior novidade do jogo: o Batmóvel. O carro é extremamente divertido. Ele está lindo, veloz, destruidor, com várias utilizações diferentes. Realmente um carro digno do Batman. O sistema de batalha, já tradicional da série e amplamente copiado por aí, evoluiu uma vez mais e continua muito divertido bater em capangas espalhados pela rua. Vilões clássicos do Batman estão de volta como o Duas Caras, Pinguim e o Charada com seus milhões de troféus espalhados por Gotham. Outra novidade é o sistema de luta em duplas, em que você ao apertar um botão, rapidamente troca de personagem. Com esse novo comando temos a oportunidade de jogar como a Mulher Gato, Robin e até o Asa Noturna.  O jogo proporciona além da história principal, horas de diversão com as sidequests, que diferente de muitos jogos, são interessantes e nos fazem perceber porque o Batman detém o título de maior detetive da DC.



[SPOILERS] A partir de agora vou começar com os spoilers da história, se não quiser ler, pule para o próximo parágrafo. O jogo já começa eletrizante, com a cremação do coringa que morreu no último jogo. É uma cena digna de cinema. Ele está lá deitado, de olhos fechados e sorriso no rosto. Você tem a impressão que ele vai abrir os olhos e soltar uma gargalhada a qualquer momento, entretanto, não é o que acontece. Ele é queimado. Parece uma forma do jogo dizer: Ei, eu sei que você achou que ele iria voltar. Mas ele está morto mesmo. Depois disso você é colocado na pele de um policial de Gotham que estava em uma pequena lanchonete. Uma bolsa com gás do medo do espantalho explode e o caos começa. Um vídeo do espantalho ameaçando soltar o gás na cidade inteira aparece e Gotham é evacuada. Pronto. O cenário está montado. Os bandidos tomaram conta da cidade inteira e somente um homem pode salva-la. A partir daí o espantalho aparece como um vilão mais macabro do que o normal, e um exército privado comandado pelo cavaleiro de Arkham. Para a nossa alegria, ao entrar em contato com o gás do medo o subconsciente de Batman começa a reagir com o sangue do coringa colocado no morcego em Arkham City. Com isso Batman começa a alucinar com o coringa. E aí nós temos o que queríamos. O príncipe do crime está de volta, pelo menos na cabeça do homem morcego. Com isso o coringa passa a nos acompanhar por toda Gotham e fazer comentários sobre tudo o que fazemos. Com o tempo percebemos que o nosso coringa interior está ficando mais forte, e o nosso herói tem que lutar mais uma batalha. Uma batalha pelo controle de seu corpo. [SPOILERS]
Com esses acontecimentos a história vai evoluindo e você fica cada vez mais curioso pela identidade do cavaleiro de Arkham. O jogo foi muito bem construído, cheio de referências a quadrinhos clássicos e a personagens do universo do morcego. Cenas épicas foram colocadas nesse jogo. Podemos ver, por exemplo, relances da piada mortal e da morte de Jason Todd. Como abordado anteriormente, a jogabilidade está perfeita e pelo menos no PS4 não apresentou muitos bugs como anda acontecendo na versão de PC. O Gráfico está digno da nova geração e é de encher os olhos. Se você reparar você pode ver os reflexos dos hologramas nos olhos do Batman, pode ver a capa tremendo por causa do vento e as gotas de chuva escorrendo por ela. Quando o Batmóvel está andando por aí, nada está a salvo. Se você não dirigir direito você vai destruir metade de Gotham. Entretanto, nem tudo são flores. A dublagem não está ruim. Muito pelo contrário, me agradou. Entretanto eu gostaria de ter a opção de escolher. A versão brasileira só disponibiliza a versão totalmente em português. Por mais que a dublagem de alguns personagens tenha ficado boa, já estava acostumado as vozes dos outros jogos. Além disso, o dublador do Batman é do dos filmes do Nolan, quando na minha opinião, deveria ser a do Batman do desenho da liga da justiça. O pior aspecto do jogo para mim no entanto, por mais contraditório que pareça, é o Batmóvel. Como eu disse ele está lindo, entretanto, o jogo nos proporciona uma overdose do Batmóvel. Não é possível completar quase nenhuma missão sem usar o carro. Tem missão de corrida, tem perseguição, tem destruição de carros, tem que guinchar coisas, eletrificar coisas. E no início é tudo muito divertido, mas repete tanto, mas tanto, que cansa. Chegou um momento em que eu não aguentava mais jogar dentro do carro. Queria sair voando por aí e batendo em capangas. Por isso digo que o Batmóvel é um paradoxo. É a melhor e a pior coisa do jogo.

Para finalizar digo que me diverti, me emocionei, me irritei, morri, morri novamente, aprendi a enfrentar chefões com novas estratégias, morri novamente e avancei no jogo. É um jogo espetacular, cheio de personagens marcantes e divertidos. (O modo de jogo da Arlequina está muito bom!). Por isso dou para Batman Arkham Knight 9,5 crianças por encerrar a série com maestria combinando ótima jogabilidade com ótimos gráficos e uma ótima história.